quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Arte temporária

O vídeo abaixo é interessante até por seu aspecto de performance.
O artista, Phil Hansen, fala sobre nossas limitações, e como isto pode nos tornar criativos. Ele tinha um tremor que paralisou a sua carreira de artista plástico durante bastante tempo até que resolveu voltar apesar de não conseguir dar um só traço sem ser atrapalhado.
É interessante, mas tem um ponto em que discordo de suas considerações. Phil começa destruindo suas obras de arte, depois cria obras que se auto-destroem, e finalmente produz trabalhos que nem chegam a existir materialmente.
Só que todo o processo foi documentado e assim, existe como tal. Se ele tenta mostrar em alguns pontos que a obra nem chegou a existir fisicamente, já há muitos anos convivemos com a arte digital, que pode se transformar ou não em um giclée (saida impressa), mas existe essencialmente como pulsos eletromagnéticos, sem uma existência tangível.
Então, inda como pulsos no youtube, suas obras permanecem, transitando de uma mídia para a outra, mas ainda assim, permanecem.
Por outro lado, há séculos a produção de gravuras tem obedecido a um mecanismo semelhante, onde a matriz que é a obra original é destruída após a impressão da série limitada.
A dica para o vídeo me foi passada por Cláudia Anjos Versiani, artista plástica brasileira residente nos EUA.

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