sábado, 28 de setembro de 2013

A paleta de Zorn, de novo

Por falar em paleta reduzida, e em Zorn, fica a impressão de que ele, em sua obra toda só usou o ocre, vermelho, o preto e o branco.
Red Stockings - OST, 1887
Mas olhando para a imagem acima, vê-se que não é bem esta a estória. A paleta de Zorn é, preferencialmente, com as quatro cores citadas, mas como se vê em Meias Vermelhas, a obra acima, é impossível que ele não tenha se valido de um azul ultramar com uma pitada de seu vermelho de cádmio para conseguir os violetas acima.
Assim, vamos fazendo a nossa coleção de paletas, ficando, nós os principiantes, com as mais simples possível.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A paleta prismática

Muito se tem falado sobre paletas, desde as sobrecarregadas de cores como as dos coloristas americanos  como Hensche ou Harthorne que não admitiam mistura de cores a não ser com branco, até a legendária paleta reduzida de Anders Zorn, limitada ao preto, branco, amarelo ocre e vermelho de cádmio médio.
Mas, lendo a Artist's Magazine de junho de 2012, encontrei um artigo sobre a paleta utilizada pelo artista e professor americano John P. Osborn, e que ficou conhecida como Paleta Prismática.
Sequência de cores a partir da decomposição do branco
Osborn herdou esta paleta de Frank Vincent DuMond, que a baseou no layout das cores quando decompostas em um prisma, ou em um arco-íris.
DuMond baseou sua paleta no prisma, ou na percepção que temos da perspectiva atmosférica. Em outras palavras, a sua paleta está baseada em nossa percepção tridimensional das ondas de luz, em que o amarelo, o laranja e o vermelho são predominantes nos objetos mais próximos, enquanto que o azul e o violeta tem uma forte influência nos objetos mais longínquos.
Paleta de John P Osborne - Foto de Kate Faust
A paleta, como vemos acima tem uma primeira fileira com as cores quentes correndo desde o amarelo limão até o alizarim, seguida de uma fileira de cinzas com valores crescentes para ir neutralizando as cores conforme se afastam, seguido de uma fileira de azuis indo do claro ao escuro através de diferentes misturas do azul cobalto com o branco, e finalmente, uma fileira de verdes resultantes de mistura, basicamente obtidos de amarelo de cádmio claro e azul ultramarinho. Observe-se que os tons de verde são sequenciados de seus tons mais quentes para os mais frios.
O que se pode observar é que a paleta de DuMond e, portanto, de Osborne, é mais rica em tons quentes, ou seja ela se utiliza de cores puras nesta faixa, como os cádmios diversos, tanto no amarelo quanto no vermelho, além do alizarim, um vermelho um pouco mais frio.
No caso das cores frias, somente o azul cobalto e o ultramar. Como pudemos observar, todos os verdes foram obtidos através de misturas.
Nada de cores terra. Nesta paleta elas são obtidas através de mistura.
O que ficou de mais interessante para mim foi esta noção de que a proximidade ou a distancia do objeto determina a sua cor dentro do espectro da luz. Legal, né?

domingo, 8 de setembro de 2013

Workshop de Paisagem em Aquarela

Esplanada de Brasília - Aquarela de Joaquim da Fonseca

A aquarela é uma arte especialmente apreciada nos dias de hoje. Pela sua praticidade e a conveniência de equipamentos relativamente portáteis e leves, tem sido uma das técnicas de pintura mais utilizadas para estudos preliminares, rápidos e para a documentação de artistas. Pelas qualidades de transparência da cor, leveza de valores gráfico-visuais e relacionamentos tonalizados de harmonia, a aquarela é um dos meios de expressão mais altamente apreciados e valorizados.
Objetivos do workshop
Descrever as características da aquarela, sua instrumentação e hábitos de utilização e desenvolver uma experiência prática para a produção de paisagens em aquarela como meio de expressão visual. Proporcionar o conhecimento de princípios e procedimentos da arte da aquarela e estimular o desenvolvimento de habilidades nas diversas técnicas de produção da pintura em aquarela.
Público alvo
Estudantes, artistas e demais interessados. Recomenda-se que os participantes tenham certa habilidade na prática do desenho. 
Metodologia
Explicações teóricas e de procedimentos. Demonstração prática da produção de aquarelas feitas pelo ministrante, seguida de comentário crítico e discussão com o grupo. Produção por cada participante de um exercício prático diário solicitado, seguido de comentário crítico pelo ministrante dos trabalhos concluídos. 
Duração
Quatro sábados e um domingo: dias 5, 12, 19, 26 de outubro (sábados) e dia 27 de outubro (domingo).
Horários: das 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00.
Total: 30 horas. 
Certificado de Participação para quem fizer 85% do curso. 
Local
Vila Planalto (o endereço será fornecido aos participantes). 
Investimento
À Vista: R$ 480,00 até o dia 16 de setembro ou R$ 500,00 até o dia 24 de setembro
Parcelado: R$ 260,00 o quanto antes, para garantir a vaga e R$ 260,00 no dia 1º de outubro.
Para os inscritos encaminharemos a lista de materiais sugeridos pelo professor.
Com menos de 12 inscritos o curso não acontecerá e o dinheiro será devolvido.
Lembrando que as vagas são limitadas.
Informações: 
donaminucia1@gmail.com 

Sobre Joaquim da Fonseca:
Artista plástico, designer gráfico e professor universitário (aposentado), Joaquim da Fonseca é gaúcho e reside em Brasília desde 2009.
Expressa-se pela aquarela e realizou várias exposições no Rio Grande do Sul, em Brasília e no exterior.
Participou no início deste ano de um encontro de aquarelistas na Califórnia, participando de um workshop apresentado pelo aquarelista norte-americano Tony Couch.
É autor com vários livros publicados, inclusive uma série de livros sobre cidades do mundo em co-autoria com Luis Fernando Verissimo. Sua publicação mais recente é o livro Niterói Cidades Ilustradas, da Editora Casa 21, que mostra a cidade fluminense em mais de 50 aquarelas.
A sinalização do Centro Histórico de Porto Alegre é feita com ilustrações suas retratando a configuração original dos principais logradouros e monumentos da cidade.


sábado, 7 de setembro de 2013

Plein Air no Brasil

Dois mil e treze vai ser considerado no futuro o ano em que a modalidade de pintura Plein Air terá dado o seu grande salto no Brasil.
Plein Air nada mais é do que a modalidade de pintura ao ar livre, quando o artista pinta o que está vendo.
É bastante diferente da pintura realizada através de fotos de referência, e realizada dentro de ateliês.
Parece que a ficha caiu e os pintores estão descobrindo que a natureza está mesmo sendo destruída. Assim, o ímpeto de registrar e viver o meio-ambiente surgiu com toda a força no meio artístico.
Nas regiões de Brasília, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, principalmente, é onde se pode notar melhor a presença destes artistas, inclusive com a constança de encontros e eventos até internacionais.
Turma de Piracicaba na manhã de 7 de setembro
Candangos pintando também na Independência

E por último, o Pedro da Costa, do Rio de Janeiro. Aqui ele está sozinho, mas o RJ consta como tendo a maior população de pleinaristas.