quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A paleta prismática

Muito se tem falado sobre paletas, desde as sobrecarregadas de cores como as dos coloristas americanos  como Hensche ou Harthorne que não admitiam mistura de cores a não ser com branco, até a legendária paleta reduzida de Anders Zorn, limitada ao preto, branco, amarelo ocre e vermelho de cádmio médio.
Mas, lendo a Artist's Magazine de junho de 2012, encontrei um artigo sobre a paleta utilizada pelo artista e professor americano John P. Osborn, e que ficou conhecida como Paleta Prismática.
Sequência de cores a partir da decomposição do branco
Osborn herdou esta paleta de Frank Vincent DuMond, que a baseou no layout das cores quando decompostas em um prisma, ou em um arco-íris.
DuMond baseou sua paleta no prisma, ou na percepção que temos da perspectiva atmosférica. Em outras palavras, a sua paleta está baseada em nossa percepção tridimensional das ondas de luz, em que o amarelo, o laranja e o vermelho são predominantes nos objetos mais próximos, enquanto que o azul e o violeta tem uma forte influência nos objetos mais longínquos.
Paleta de John P Osborne - Foto de Kate Faust
A paleta, como vemos acima tem uma primeira fileira com as cores quentes correndo desde o amarelo limão até o alizarim, seguida de uma fileira de cinzas com valores crescentes para ir neutralizando as cores conforme se afastam, seguido de uma fileira de azuis indo do claro ao escuro através de diferentes misturas do azul cobalto com o branco, e finalmente, uma fileira de verdes resultantes de mistura, basicamente obtidos de amarelo de cádmio claro e azul ultramarinho. Observe-se que os tons de verde são sequenciados de seus tons mais quentes para os mais frios.
O que se pode observar é que a paleta de DuMond e, portanto, de Osborne, é mais rica em tons quentes, ou seja ela se utiliza de cores puras nesta faixa, como os cádmios diversos, tanto no amarelo quanto no vermelho, além do alizarim, um vermelho um pouco mais frio.
No caso das cores frias, somente o azul cobalto e o ultramar. Como pudemos observar, todos os verdes foram obtidos através de misturas.
Nada de cores terra. Nesta paleta elas são obtidas através de mistura.
O que ficou de mais interessante para mim foi esta noção de que a proximidade ou a distancia do objeto determina a sua cor dentro do espectro da luz. Legal, né?

2 comentários:

  1. Muito bom mesmo Oswaldo! Aula bacana irei adotar essa paleta para um teste e ver o que consigo!!! Abraço

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    1. Ótimo. Se você for usar mesmo a paleta deles, use amarelo de cadmio claro, médio, e escuro, laranja de cádmio, vermelho de cádmio e alizarim. Para as misturas de azul, use o azul cobalto. e para os verdes, pelo que entendi, misture os diversos cádmios com o azul ultramar. Conte depois o que achou.

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