![]() |
Corredeiras do Mumbaça - OST - 60 x 120cm |
Pra dizer a verdade, eu me esqueci de perguntar a ele. Mas José Rosário em sua magnífica obra consegue levar o nosso olhar exatamente para o ponto de interesse, que é, em médio plano, o trecho em que uma cascatinha se forma ao passar teimosa entre duas pedras.
Pois intuição ou planejamento, o olhar do fruidor que deveria entrar no quadro pelo canto inferior e percorrê-lo placidamente até o remanso acima da corredeira - veja esquema abaixo - não funciona exatamente assim:
![]() |
O olhar entra normalmente pelo canto inferior a esquerda, e deveria se encaminhar, em uma sequência natural, para o canto superior direito onde se encontra o remanso. |
Pois não é isto o que a composição reserva ao apreciador.Veja como a obra é toda desenvolvida obedecendo a verticais e horizontais que se cruzam diagonalmente.
![]() |
Veja como a obra é toda desenvolvida obedecendo a verticais e horizontais que se cruzam diagonalmente. |
Muito bom, não é?
Vale visitar o blog do José Rosário, uma verdadeira enciclopédia de pintores paisagistas, brasileiros e portugueses.
Obrigado pelo estudo da obra, Oswaldo Pullen. Não tive que arquitetar muito a composição, como você tão bem explicou, até porque ela existe daquele mesmo jeito, não precisei alterar nada. Evidentemente, tive que me posicionar no ambiente e estar em um ângulo que propiciasse todas aquelas suas observações. Se você analisar por outra forma, o leito do rio forma uma grande elipse, que aprisiona o nosso olhar e faz com que ele volte exatamente para a cascata que você mencionou, que é o ponto principal de minha composição, principalmente com a touceira de inhames, a vegetação diferenciada do quadro. Muito obrigado, amigo, por este passeio que me permitiu em sua matéria. Grande abraço!
ResponderExcluirÓtima aula sobre essa excelente obra! Parabéns ao pintor José Rosário! Abração, Oswaldo
ResponderExcluirBoa observação em cima de uma excelente obra.
ResponderExcluir