A utilização desta técnica, onde o azul não entra, sendo substituído com eficiência pelo cinza, não é comum entre os pintores de paisagem contemporâneos que preferem a amplitude de uma paleta com os azuis, amarelos de diversos tipos, violetas etc.
Há no entanto um pintor que vai para a paisagem e despreza o azul em sua paleta, obtendo efeitos formidáveis somente com o vermelho, o amarelo e o preto (ele sempre diz que o branco não é cor).
Ernandes mostra em baixo as cores que utilizou. |
Notem a beleza dos verdes que são obtidos com a mistura do amarelo com o negro. Ernandes tem uma predileção pelo amarelo indiano da Lukas, o que confere aos verdes extrema vivacidade.
Um exercício que o professor Ernandes sugere é a mistura em diversas intensidades do amarelo com o preto. Ele preconiza que se utilize diversos amarelos desde o mais terroso como o ocre, até os mais luminosos como é o amarelo de cádmio claro, ou o amarelo limão.
Por último, veja-se a obra abaixo:
Vejam a beleza deste azul quase violeta das águas, que em verdade é inexistente, não passando de um cinzento, que se "azula", na adjacência de cores mais quentes, como o laranja avermelhado do matagal.
Inté!
Obrigado.
ResponderExcluirEu nunca tinha visto isso. Interessante! Realmente a mistura de branco com um pouco de preto marfim (ivory black) dá um cinza bem frio e azulado. Na figura de pintura humana as vezes podemos ver certos azuis nas sombras, porém na hora que vamos pintar utilizamos o cinza feito dessa mistura. Devido aos outros tons quentes da pele, há um contraste forte entre o cinza frio e os flash tones quentes, dando a impressão de ser azul mesmo! Mas em relação a paisagem eu nunca tentei. Vou colocar essa atividade na minha lista!
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