Como estou falando de tintas, e de experimentos, é bom que se esclareça que estou utilizando tinta acrílica, que é mais prática no que se refere à manipulação (água em vez de solventes), tempo de secagem e toxidade.
E como estou examinando a série Studio, da Pebéo, vale a pena deixar registrado o pigmento de cada uma das cores utilizadas.
Eu sei que quase ninguém dá bola para isso, mas é importante, porque só esta informação é que define a cor com a qual de fato você está trabalhando.
Como já disse antes, a mesma denominação em fabricantes diferentes não define a mesma cor. Então, para conhecer as cores com que estamos trabalhamos, vamos esclarecer quais são os seus pigmentos:
Amarelo primário: PW6 e PY74. O PW6 é o branco de titâneo, e o Y de PY74, indica que o pigmento é amarelo (yellow). Assim, o PY74 é o pigmento amarelo 74, ou Amarelo Hansa. O que tudo isto está me dizendo é que o amarelo primário da Pebéo é uma mistura de amarelo hansa com branco.
Cyan primário: PW6 e PB15:3. O PW6 a gente já sabe o que é. Quanto ao PB15:3 é o azul de ftalocianina, um pigmento sintético descoberto em 1935.
Magenta Primário: PR19 + PR146. Aqui complicou, porque o PR19 não é listado no Ralph Mayer, e quando o busquei na internet, encontrei uma referência a um pigmento dado como obsoleto. Examinando alguns magentas (inclusive o da série profissional da própria Pebéo), encontrei o PV19, que acrescido do PR146 torna a especificação mais consistente.
Isto tudo pode parecer entediante, mas se você se acostumar a examinar com que pigmentos está trabalhando a possibilidade de surpresas daqui a cinco anos com uma cor que fugiu do quadro vão ser bem menores.
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