As Propriedades da Cor
Para ver a Parte I, clique aqui:
Um pouco de paciência. Antes de entrarmos na prática, que espero aconteça na próxima postagem, vamos ter que continuar um pouco com a base teórica. Você vai ver que é interessante.
Como tinha dito na parte I, Munsell propôs que as cores teriam três propriedades:
Matiz, valor e intensidade.
Examinemos a questão do matiz. Para Munsell, as cores se dividiam em cinco primárias, violeta, azul, vermelho, amarelo e verde, e as cinco secundárias que eram determinadas pela mistura em sequência destas cores.
A Roda de Munsell, já dentro de seu esquema de intensidade e valorres |
Classificação das cores segundo Munsell |
Vamos começar pelo matiz (primeiro numerinho seguido das letras).
Por exemplo, passando do vermelho até o amarelo, a gente vai começar por 5R (r de red), passar pelo 10YR (yr de yellow/red, ou laranja em bom português), e indo finalmente para 5Y, que seria o amarelo puro. Veja a figura abaixo, que exemplifica:
Aplicação do código de Munsell quanto à Matiz de cores |
Além do Matiz, Munsell classifica a cor por valor e intensidade, na forma V/I. Vamos tratar, antes de mais nada, do valor.
Valor é a característica da cor que a leva do mais claro ao mais escuro. Por exemplo, considere, o amarelo e o violeta. Qual dos dois é o mais escuro, ou seja, tem o valor mais baixo? Acho que você vai concordar que é o violeta, que na escala de valores escuro/claro (1 até 9), está entre2 e 3. O amarelo está muito mais próximo do 7 ou 8, com certeza. Dá para visualizar?
Se tirarmos completamente a intensidade das cores, permanecendo com uma imagem em preto e branco, teremos uma escala de valores parecida com a de baixo, construida por mim para o meu trabalho:
Escala de cinzas (valores) |
Fomos obrigados a utilizar um vermelho de intensidade média (vamos ver mais tarde a questão da intensidade), pois se utilizásemos o vermelho mais estourado, qualquer alteração de valor, implicaria também na alteração de sua matiz.
Se compararmos os vermelhos obtidos com a tabela de valores acima (de 1 a nove, vamos ver que o primeiro está próximo do valor 8, enquanto que o último está com o valor 3). Deu para entender?
Confuso?
Explicando mais uma vez, nós podemos, dentro de certos limites, tornar uma cor mais clara ou mais escura para atender nossas necessidades. Por exemplo, se a luz ambiente for muito baixa, não haverá sentido em usarmos o rosa clarinho da escala ao lado. Teremos que nos prender ao vermelho mais escuro. O que Munsell fez foi um sistema para classificar tudo isto, para não ficar nada no "aéreo".
Por último, no seu sistema de matiz, valor e intensidade, vamos tratar da Intensidade. A experiência da intensidade de uma cor pode ser vivida num monitor, quando carregamos ou descarregamos na saturação: Transformamos uma foto colorida, aos poucos, retirando a saturação em uma foto preto e branca. A esta qualidade da cor, com mais ou menos pigmentação, digamos assim, chamamos de intensidade da cor. Deu para entender? Vejam os dois exemplos abaixo, onde com um azul process primeiramente, e depois com um vermelho de cádmio, retiramos em seis passos toda a saturação da cor. Vejam:
Retirada de intensidade sem alteração de valor |
Azul 5, com alterações em sua intensidade e valor |
Vermelho 5, com alterações de intensidade e valor |
Para ver a próxima parte clique aqui.
muito bem explicado. Parabéns e obrigado pela ilustração.
ResponderExcluirSeja sempre bem-vindo, Aldo!
ResponderExcluirinstrutivo e explicado com clareza, obrigado.
ResponderExcluirObrigado, Roberto. Acompanhe o blog, pois estarei sempre colocando novidades.
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