Pepita de lapis-lazuli |
As minas estavão uma região quase que inacessível nas nascentes do rio Oxus, do lado norte do Kush Indiano, Os estudiosos avaliam que estas minas foram a fonte mais provável do lapis-lazuli para a Mesopotâmia e para as outras civilizações do tempo clássico.
Mas em 1806 isto começou a mudar.
Os cientistas franceses Desormes e Clement, como resultado de suas pesquisas, publicaram estudo científico desvendando a composição (e o encanto secreto) do lapis-lazuri.
Esta pedra semi-preciosa era composta, afinal de contas, de sódio, sílica, alumínio e enxofre.
Pigmento do lápis-lazuri |
Em novembro de 1824, a Sociedade para o Encorajamento da Industria Nacional, da França, ofereceu um prêmio de 6 mil francos para quem conseguisse um processo para reproduzir o material precioso de forma que não excedesse os 300 francos por quilo.
O prêmio foi ganho quatro anos depois por J.B.Guimet de Toulouse com o seu processo de criação do pigmento,
Quase de forma simultânea e bastante independente, outros cientístas também chegaram a solução, que envolvia sempre o processo de aquecimento em fornos durante várias horas.
O interessante é que se variando o processo se obteve (e obtem até hoje) diferentes cores e tonalidades passando pelo violeta, vermelho e rosa.
Diferentes tons e cores resultantes do processo de criação do azul ultramar |
Por último, em 1879, R. de Forcrand obteve um amarelo, que afinal não se demonstrou útil, reagindo uma solução de nitrato de prata com pigmento de azul ultramar a 120ºC. Bem, mas valeu a tentativa, né?
Espero que você tenha apreciado esta voltinha pela história do azul (violeta, rosa, vermelho, verde) ultramar.
Inté
Obs: Eu usei para o preparo desta postagem os livros "Painting Materials - A short Encyclopaedia" de Rutherford J. Gettens e o"Dictionnaire des matériaux du peintre", de François Perego.