E esta?
Posso garantir que são obras de dois pintores famosos...
Vamos, não sabe?
Pois bem, a primeira obra é de Picasso (Retrato da Mãe do Artista, 1896), e a segunda é de Gauguin (Estudo de Nu, ou Suzanne Costurando, 1880).
Difícil de acreditar, inda mais se comparamos com as obras abaixo, já designativas da madureza de cada um destes gênios da pintura.
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Picasso - Demoiselle D'Avignon - 1906 |
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Gauguin - Visão Após o Sermão - 1888 |
Já Gauguin, na obra que é considerada o início do movimento simbolista, rompe com as convenções de profundidade ainda algo respeitadas pelos Impressionistas, e se lança numa aventura onde a utilização de vermelhos e laranjas se torna farta, assim como a delimitação das figuras, em boa parte das vezes através de linhas negras.
Esta evolução espantosa dos artistas - Picasso passou pelas fases Azul e Rosa antes de se projetar com a sua fase definitiva - é o que chamamos de busca da própria "Voz", o que vem definir a identidade e singularidade da própria obra.
Esta busca é dolorosa, e as vezes infrutífera. Muitos tentam ser novos e terminam no cemitérios dos sempre-iguais. Importa é buscar o eu-mesmo, em anos de labuta e de estudo para domínio da técnica, até que um dia esta identidade aflore.
Se a sua obra se instala no cenário como algo novo, é uma consequência aleatória das origens, do DNA e do caldo de cultura onde o artista se meteu.
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