sábado, 23 de novembro de 2013

A guimba de Pollock


Uma figura central do modernismo, o americano Jackson Pollock (1912-1956) teve influências dos muralistas mexicanos Orozco, Rivera e Siqueiros, e dos pintores modernistas europeus Picasso, Mondrian e Miro.
Pollock desenvolveu o automatismo dos Surrealistas, numa maneira mais instintiva e pessoal que foi associada ao expressionismo abstrato americano.
Com o tempo, ele desenvolveu uma técnica de gotejar, ou atirar tinta na tela com o pincel. Trabalhava com a tela no chão, e sua forma de pintar terminou sendo conhecida como “action painting”, ou pintura de ação, onde as imagens emergem durante a execução da pintura, muito mais do que como formas preconcebidas.
Há alguns anos atrás, uma pintura de Jackson Pollock precisou ser restaurada em função de alguns trechos que estavam descascando. A enorme pintura, do tamanho de uma parede foi retirada e inspecionada.
Nesta inspeção, os restauradores encontraram uma inesperada guimba de cigarro! O pior é que a guimba estava se soltando, e ameaçava cair do quadro, levando um trecho de pintura junto.
O que fazer? Como é que se restaura uma guimba de cigarro? Pesquisando, terminaram descobrindo que a marca que Pollock fumava era Lucky Strike.
Fico me perguntando quantos cigarros os restauradores tiveram que fumar até conseguir uma guimba igual...
Convergência OST, 1952,  237 x 393 cm

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