Esta última característica, no entanto, joga contra o artista, já que não lhe permite os elaborados efeitos que a pintura a óleo permite, inclusive com a mistura da tinta sobre a própria tela.
Quando se pinta um horizonte por exemplo e depois se vem com as árvores no primeiro plano, elas ficam com um aspecto estranho, como não se combinassem com o restante da paisagem ao longe. Isto se dá porque o o plano distante já secou, e os limites da árvore ficam extremamente destacados, não se mesclando com o restante do ambiente.
Com o óleo, tal problema já não acontece, pois quando vamos pintar a galhada das árvores, a tinta que está ao funo ainda não secou, e tende a criar um efeito harmônico, quando suas bordas se misturam com a tinta da árvore.
Pintei muito tempo com o acrílico, em função do pequeno espaço de meu estúdio, e da pressa em ver os resultados acontecendo.
Mas não fiquei satisfeito. Muitos mestres que usam o acrílico argumentam que estes efeitos podem ser contornados, mas nenhum deles pode vencer a extrema luminosidade e o calor da pintura Plein Air, que faz com que a tinta, inclusive na paleta, resseque em poucos momentos.
Existe uma opção, caríssima, que é a utilização da Golden, tinta importada, que tem uma linha especial para um longo tempo de secagem, que é a Golden Open. Mas isto não é para os pobres mortais como nós, que estamos no início do caminho.
No entanto, existem boas novas:
Contrariamente ao antigo hábito de se utilizar panos para limpar os pincéis, os pintores começaram a usar o papel toalha, que uma vez utilizado é ensacado em um saco plástico destes de supermercado, e rapidamente eliminados. Esta é uma solução já usada há algum tempo pelo profissional, mas que pouco chega ao amador.
Papel toalha em vez do trapo - Eliminar logo após a sessão |
Solvente inodoro da Gato Preto |
Por último, o meu outro achado, fuçando a internet. Eu venho usando o médium alquídico da Daler Rowney, e estando bastante satisfeito com ele, mas terminei descobrindo que existe um produto nacional, o Gel Secante da Acriléx, que ao contrário de meu preconceito, não possui nada de cobalto, o grande vilão, em sua fórmula, segundo me foi garantido pelo químico responsável, o senhor Everton Puhis, da Acrilex. me disse o mesmo que dentro da formulação dos secantes utilizados (de 1% a 3% da mistura) não há nenhum componente de cobalto.
Pela expecificação acessível no site, existem de 60 a 70% de resina alquídica, de 30% a 40% de solvente e de 1 a 3% dos tais secantes, cuja composição ele não quis me revelar, dando como segredo industrial.
Usei um frasquinho para me facilitar |
A grande juíza desta história toda é minha mulher, que até agora não reclamou de odores estranhos tresandando pelo corredor do apartamento.